José Eduardo Girão (José Girão)
Nasceu em Morada Nova no dia 27 de junho de 1901 e veio a falecer no dia 25 de dezembro de 1961. Magistrado de invulgar cultura e reconhecidos méritos. Representava uma figura incansável e corajosa, um arrojado, contra todos os obstáculos que o impedissem por em prática a realização de seus ideais. De temperamento empreendedor, muito batalhou pelo progresso de sua terra natal – Morada Nova. Foi um homem de muita convicção de atitudes e destemor físico e moral. Obstinado em cumprir à risca os princípios da honradez e do dever. Filho de Antônio Eduardo Girão e sua mulher Felícia Carneiro Girão, passou a residir na casa do tio Eduardo Henrique Girão, onde se demorou até diplomar-se, em 11 de maio de 1926, pela Faculdade de Direito do Ceará, turma de que foi Paraninfo o seu aludido tio, Professor Eduardo Henrique (Turma de 1925). Em 1927 foi nomeado Promotor Público da Comarca de Quixadá, onde, em companhia do Juiz de Direito Eugênio de Avelar Cavalcante Rocha e o Dr. José Bonifácio de Sousa, Gerente do banco do Brasil, fundou o “Externato Quixadaense”, de muitos benefícios para os estudantes quixadaenses. No ano seguinte, recebeu a nomeação de Juiz Municipal do Termo de Aquiraz, de onde saiu, por efeito de promoção, para exercer o cargo de Juiz de Direito da Comarca de Assaré. Séria doença obrigou-o a aposentar-se (1935), o que o conduziu às atividades da pecuária no Município de Morada Nova, adotando métodos modernos de criação do gado com a seleção de reprodutores de raça nobre, sem demora aceitos pela maioria dos fazendeiros, inclusive o próprio pai, acostumado à maneira empírica de tratar e aumentar os rebanhos. Em um espírito esclarecido e corajoso, sem temor de reações da parte dos que, por demais conservadores, resistiam às mudanças, terminavam por aceitar as inovações aconselhadas pelo Dr. José Girão. Bom orador, ele é que pronunciou o discurso oficial da solenidade com que os moradores comemoravam a elevação à categoria de cidade da antiga Vila do Espírito Santo. Casou-se em 15.01.1927 com Giselda de Alencar Dória, filha de Durval Augusto Dória (Baiano) e Benvinda Gomes de Matos. Três foram os filhos do casal: Um falecido em tenra idade; o magistrado Fábio Dória Girão e Eneida Dória Girão, casada em segundas núpcias com o médico Dr. José Maria Leiria de Andrade.
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