OS GIRÕES, UM SÓ POVO
De uma antiga aspiração de grande número de seus membros, a FAMÍLIA GIRÃO rejubila-se com a publicação deste notável genealógico, resultado de vários anos de laboriosa pesquisa – iniciativa ousada e louvável do autor - dedicada à FAMÍLIA GIRÃO: sua genealogia, sua história e a saga de seus ilustres filhos.
Os Girões, cujas origens remontam a Portugal e Reino de Castelam, na Espanha, constituem um dos mais amplos núcleos genealógicos do Ceará, com ramificações numerosas por diferentes pontos do País.
No Ceará, seus primeiros semeadores localizaram-se no município de Morada Nova, às margens do rio Banabuiú, principal afluente do Jaguaribe. Ainda agora, é nesse município Jaguaribano – um dos mais progressistas daquela região do Estado – que se encontra a maior concentração dessa família.
Vamos encontrá-los igualmente em outros municípios cearenses, particularmente em Fortaleza, Maranguape, Limoeiro do Norte e Pacajus. Mas na realidade eles se acham espalhados pelo Brasil inteiro, integrados a outros contingentes familiares e mesmo no estrangeiro.
Há sobrados motivos de os Girões se ufanarem de seu sobrenome. A família se afirma por alguns traços marcantes de sua força genética: os Girões, geralmente, são inteligentes, trabalhadores, mansos e leais.
Em todos os campos da atividade, houve ou há sempre um Girão em evidência, em destaque. De um modo geral, abastados ou humildes, famosos ou anônimos, vitoriosos nas letras ou simples vaqueiros ou agricultores do sertão, os Girões ganharam sempre o respeito e admiração dos demais grupos porque sabem, antes de tudo, viver com honradez e simplicidade.
São hoje realmente incontáveis os laços dos Girões com outras famílias brasileiras ou mesmo estrangeiras. No sul, no Norte, nas demais regiões brasileiras, o sobrenome se encontra ligado a outros, distanciando-se, assim, de suas origens. Para muitos, infelizmente, estas origens já se encontram perdidas. E reencontrá-las foi um dos objetivos deste trabalho sobre a genealogia e história da Família.
Sabemos que existem algumas famílias que se confundem com a nossa pela consangüinidade e formam conosco praticamente um só e único grupo. É o caso, por exemplo, dos CARNEIROS, dos MACHADOS, dos NOBRES e dos MAIAS, dentre outros.
O saudoso historiador Raimundo Girão, um dos luminares da Família, legou-nos um notável ensaio de genealogia e a ele, neste trabalho, recorreu-se como único meio de melhor nos conhecermos.
Esta obra, em síntese, haverá de ser isto: um melhor conhecimento de nós mesmos, a busca de nossa identidade familiar, na certeza de que compomos uma espécie de povo dos Girões. Quanto mais de perto convivermos, melhor nos uniremos, nos, conheceremos e nos amaremos.
Guilherme Girão
Nove Comunicação