Luís Girão Carneiro (Girão ou Girão da Jovem)
Nasceu a 16.08.1893 e faleceu a 09.06.1961, cc. Victar Carneiro (Jovem), n. a 14.06.1897 e f. a 20.06.1997, aos 100 anos, era filha de Joaquim José Girão Filho e de Quitéria Amélia Carneiro. Girão, agricultor e pecuarista, era bem o exemplo do proprietário-vaqueiro da fazenda, no Município de Morada Nova. A sua propriedade ficava no lugar denominado “O Canto da Onça”, com terras de um lado e outro do rio Banabuiú. Ali, o Girão da Jovem, como era conhecido, com a colaboração proverbial de sua esposa Vitar Carneiro, uma das poucas provas de que o Deus dos Cristãos fez o homem a sua própria semelhança, o casal Girão-Jovem, repito, educou os seus cinco filhos, criou o seu gado, plantou seus roçados de algodão, milho e feijão e fez o seu queijo, indispensáveis à subsistência da família, estruturada, aliás, sob a égide do amor entre os pais, que, a despeito do “temperamento algo diferente”, souberam transmitir aos filhos os valores que esmaltam o caráter, como “o cumprimento da lei, retidão de comportamento, honestidade, confiança no trabalho e respeito estrito aos valores morais...”, como bem salientou o filho caçula, Dr. Eduilton Carneiro Girão, hoje, médico de renome em Fortaleza.
Figura típica do “Herói do Sertão”, Girão jamais abandonou sua fazenda, enquanto vivo, nem mesmo nas épocas de ausência de chuva, quando a falta d’água e o sol causticante castigam o sertanejo e seus animais, especialmente o gado bovino. Como todo bom pecuarista, este querido membro da família Girão tratava as suas vacas como se fossem verdadeiros seres humanos: chegava até a conversar com elas e, quando porventura uma adoecia ou precisava parir, levantava-se alta hora da noite para cuidar da rês enferma ou necessitada de cuidados. O amor ao seu gado vacum era tanto que nem sequer permitia que ele participasse das vaquejadas, a fim de evitar-lhe os maus tratos.
Nós, que tivemos o privilégio de passar as nossas férias na fazenda do tio Girão – inesquecíveis e saudosas férias - no lugar conhecido como “Canto da Onça”, testemunhamos o quanto era gratificante a hospitalidade de que ali se desfrutava. Girão faleceu, mas deixou aqui, na Terra, a sua JOVEM, que era filha de Joaquim José Girão Filho e Quitéria Amélia Carneiro, para continuar, enquanto viveu, fazendo o bem a quem dela necessitasse, durante mais de cem anos, pois ela nasceu a 14.06.1897 e faleceu a 20.06.1997. O casal teve 6 filhos
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