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Clarissa 15 anos

by admin on novembro 8th, 2013

Que bonita idade, Clarissinha! Seus 15 anos!!! Os idosos costumam dizer, às vezes, suspirar: “Ah! os meus 18 anos!!!” querendo demonstrar as saudades daqueles idos tempos de sua juventude, gostosos e inesquecíveis que ficaram pra trás e que não voltam mais.

Você está caminhando pra viver esses momentos!  Mas não tenha pressa; não queira que o tempo passe rápido para ficar adulta. Saboreie, cada dia, dessa sua fase linda e boa, desta etapa de vida em que a alma pura e ingênua e o seu coração inocente, despedindo-se da infância, possa  experimentar a doce e às vezes inquietante fase da adolescência. É um dos períodos mais ricos que as pessoas guardam de recordações de suas vidas. Procure curtir bem o enlevo e as alegrias que o tempo de sua adolescência lhe oferece. Por ser muito boa, é também efêmera, portanto, extremamente breve. Passa de repente, rápido no decorrer dos anos, por isso deve ser bem vivida. Aproveite todos os instantes de alegria e de felicidade. Explore seus dons, sabendo escolher bem as melhores companhias, os proveitosos caminhos e as coisas valiosas que a vida lhe propõe. Viva, assim, intensamente os momentos felizes e saudáveis, próprios de sua idade: A afetuosa convivência com a família, o zelo amoroso e a dedicação de sua mãe, a amizade do irmão querido, dos tios, primos e avós; o relacionamento alegre e sadio com os colegas e amigos, enfim, as novas descobertas que a vida e o mundo nos ensinam a cada dia. E o que é mais importante: Agradeça sempre a Deus as bênçãos recebidas: o convívio e o carinho que teve de seu querido pai; as graças por tudo que você é; pela família que tem e por tudo que você sonha e almeja para o seu futuro.

A propósito, faço minhas, e transcrevo a seguir, as proverbiais palavras de um sábio escritor e filósofo, dirigidas à sua neta pela alegria de festejar seus quinze anos:

“Quando eu for bem velhinho, espero receber a graça de, num dia de domingo, me sentar na poltrona da biblioteca e, bebendo um cálice de um bom vinho, dizer a minha neta:

- Querida neta Clarissa, venha cá. Feche a porta com cuidado, sente-se aqui do meu lado. Tenho umas coisas para te contar.

E assim, dizer apontando o indicador para o alto:

- O nome disso não é conselho, isso se chama colaboração! Eu vivi, ensinei, aprendi, caí, levantei e cheguei a algumas conclusões. E agora, do alto dos meus 77 anos, quero dividir com você.

Por isso, vou colocar mais ou menos assim:
- É preciso coragem para ser feliz.
Seja valente.
Siga sempre o seu coração.
Para onde ele for, seu sangue, suas veias e seus olhos também irão.
E satisfaça seus desejos. Esse é seu direito e obrigação.
Entenda que o tempo é um paciente professor que irá te fazer crescer, mas a escolha entre ser uma grande menina ou uma menina grande, vai depender só de você.
Tenha poucos e bons amigos.
Tenha filhos.
Tenha um jardim.
Aproveite sua casa, mas viaje… vá a Fernando de Noronha, às praias do Nordeste, ao Pantanal…
Cuide bem de sua saúde e da sua aparência.
Experimente, mude, corte os cabelos.
Não corra o risco de envelhecer dizendo “ah, se eu tivesse feito…”
Tenha uma vida rica de vida.
E de verdade, acima de tudo!
Viva romances de cinema, contos de fada e casos de novela.
E tome sempre conta da sua reputação, ela é um bem inestimável.
Porque, sim, as pessoas comentam, reparam e, se você der chance, elas inventam também detalhes desnecessários.
Se for se casar, faça-o por amor. Não faça por segurança, carinho ou status.
A sabedoria convencional recomenda que você se case com alguém parecido com você, mas isso pode ser um saco!
Prefira a recomendação da natureza, que com a justificativa de aperfeiçoar os genes da reprodução, sugere que procure alguém diferente…
Mas para ter sucesso nessa questão, acredite no olfato, na pele, e desconfie da visão.
É o seu nariz quem diz a verdade quando o assunto é paixão.
Se o casamento não der certo, opte pela vida.
Faça do fogão, do pente, da caneta e do papel seus instrumentos de criação.
Leia, pinte, desenhe, escreva.
E, por favor, dance, dance, dance o bastante, senão por você, o faça por mim.
Compreenda sua mãe. Ela te ama para além da sua imaginação, sempre fez o melhor que pudera e sempre o fará.
Cultive os bons amigos.
Eles são a natureza ao nosso favor e uma das formas mais raras de amor.
Não cultive as mágoas – porque se tem uma coisa que eu aprendi nessa vida é que um único pontinho preto num oceano branco deixa tudo cinza.
Era isso minha querida. Agora é a sua vez.
Por favor, encha mais uma vez minha taça e me conte:
- Como vai você?”

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